...

Uma revolução no estudo da mente humana

Um novo período inaugurado por Freud.

Quando se fala em psicanálise, logo somos levados a pensar nas relações existentes entre pais e filhos e claro, em sexualidade. Quem nunca ouviu expressões como “fulano é um neurótico”, “beltrana é uma histérica” ou mesmo “ela é uma recalcada”. O fato é que estas expressões, utilizadas corriqueiramente pelo senso comum, são fruto de uma longa e exaustiva observação clínico-teórica empreendida pelo médico vienense Sigmund Freud (1856-1939).

A psicanálise foi criada por Sigmund Freud no final do século dezenove, a partir de uma tentativa de aliviar os sintomas histéricos. As bases teóricas da psicanálise abalaram o mundo e a sociedade da época, a força de suas idéias e de seu trabalho clínico foram contundentes para que a psicanálise ganhasse o respeito e a aceitação necessária, não apenas por parte da comunidade médica, como também de outros segmentos acadêmicos.

Inicialmente houve muitas resistências do meio acadêmico em reconhecer as ideias de Freud. É a partir de 1909 que a psicanálise passou a ser aceita no meio acadêmico, inaugurando para Freud um novo período onde ele passou a ministrar conferências nos Estados Unidos. Após a I Guerra Mundial, suas teorias foram utilizadas para interpretar a cultura, a mitologia, a religião, a arte e a história, e assim, a sua doutrina foi se espalhando por várias nações como Grã-Bretanha, Hungria, Alemanha, Estados Unidos e Suíça.

Neucir Valentim é psicanalista